Informar e esclarecer, uma batalha de sempre

Camaradas e amigos,
Estamos numa fase particularmente mobilizadora para os militantes e activistas da CDU - a preparação das próximas eleições autárquicas - e isso coloca a todo este grande colectivo, uma particular responsabilidade em que as nossas propostas - as melhores propostas para o desenvolvimento da nossa região - consigam furar a barreira da desinformação, mentira e calúnia em que os nossos adversários nos querem esconder, e serem percebidas e merecerem, mais uma vez, a confiança dos trabalhadores e das populações da península de Setúbal.

Assim, mais do que nunca, faz todo o sentido o conhecido apelo a que assumamos, todos e cada um de nós, a condição de agitador e propagandista, o contributo, individual e colectivo, para a informação e o esclarecimento, aproveitando todos os momentos e oportunidades para o fazer, desde o colega com quem privamos diariamente no trabalho, passando pelo vizinho ou pelo amigo com quem nos cruzamos no café ou na colectividade.

As forças que combatemos são poderosas e já se posicionam no terreno. Dominam os grandes meios de comunicação, manipulam a informação de massas em função dos seus interesses, têm apoios económicos poderosíssimos que sonham desde há muito com o afastamento dos comunistas, dos verdes e dos muitos independentes que aderem às propostas da CDU nas autarquias da nossa região, para terem rédea solta para os seus projectos e interesses pessoais.

Os nossos adversários embalados, desde logo, pelas alterações no mapa eleitoral da península de Setúbal resultante das eleições autárquicas de 2017, mas também por saberem o fracasso e incapacidade das políticas que foram desenvolvidas nos concelhos que então conquistaram, irão mobilizar todos os seus meios para conseguir manter o que agora percebem em risco.

Não hesitarão em usar todas as armas, fake news, preconceitos, calúnias, deturpação, descriminação, caricatura e mentira - aliás já o estão a fazer - numa campanha sem precedentes, que tem de merecer uma séria análise, preparação e resposta da nossa parte.

Assim, a informação e propaganda, bem como as comunicações electrónicas, têm de estar no centro das preocupações das organizações, procurando vencer as barreiras que nos colocarem pela frente, com estas nossas grandes vantagens: a proximidade com os trabalhadores e o povo, o falar verdade, o levar ao conhecimento das populações o imenso trabalho prosseguido pelos nossos eleitos, o conhecimento da realidade em que intervimos, o dar a conhecer as nossas propostas programáticas, resultantes da nossa experiência e também dos contributos de todos os que nelas encontram as respostas aos seus anseios e reivindicações.

A CDU concorrerá a todos os órgãos autárquicos da região. São, pois, milhares, os militantes e activistas que irão estar empenhados nesta importante tarefa. E, se, mais do que noutras eleições, o carácter local se impõe, estando os problemas e as respostas específicas para cada concelho e para cada freguesia no centro da batalha da comunicação, não devemos perder ou deixar diluir os elementos unificadores da CDU, desde logo os contidos no seu projecto de “Trabalho, Honestidade e Competência”, mais do que uma consigna, uma marca que devemos ostentar com orgulho, a carimbar os distintos programas, e um compromisso comum de fazer o melhor pelas populações e pelo desenvolvimento local, aceite pelos muitos candidatos, quer sejam membros do PCP, dos Verdes ou Independentes.

A confiança das pessoas neste projecto passa por perceberem, naquilo que lhe dá conteúdo, uma garantia de que, independentemente do concelho ou freguesia que estiver em causa, este é um selo de qualidade em que podem confiar. Para tal, é importante que, na diversidade de soluções criativas e de meios que desejavelmente serão produzidos localmente, sejam respeitados os elementos unificadores que, graficamente, não deixem dúvidas acerca da origem daquele documento ou mensagem.

Questões como a cor usada, a integridade e visibilidade dos símbolos da CDU ou uso de elementos definidos especificamente para estas eleições devem estar presentes nos inúmeros materiais que serão produzidos.

Importa que esta coerência seja percebida e mantida, até porque as campanhas no plano local e regional que irão em crescendo daqui para a frente, partem, agora, de elementos nacionais que já estão nas ruas, com mupis e cartazes de grande formato, e que terão uma forte expressão na campanha nacional de afirmação da CDU, que decorrerá entre os próximos dias 20 a 30 de Maio e para a qual estamos todos, desde já, convocados.

No plano da comunicação, tem-se também vindo a afirmar como central e de maior relevância, de eleição para eleição, o papel das redes sociais e a exigir da nossa parte uma cada vez maior reflexão acerca das formas de aproveitarmos esta incontornável realidade em benefício da transmissão da nossa mensagem.

Não desconhecemos, e temos vindo a afirmá-lo, que as redes sociais, debaixo da aparente democratização da informação, estão sujeitas a um controlo tenaz por parte da classe dominante, destinado a procurar influenciar e dirigir o comportamento das massas. Fazem-no, invadindo a privacidade dos utilizadores com algoritmos criteriosamente programados para filtrar ou massificar a informação.

Mas, o facto é que as redes sociais são hoje, mais do que os jornais ou a televisão, a principal fonte de informação de uma maioria da população portuguesa, que as utilizam diariamente como meio de contacto entre familiares, amigos ou colegas, disseminando e viralizando notícias ou ideias.

Este é, então, um campo fundamental onde não podemos estar ausentes, com uma intervenção intencional, quer com uma presença institucional da CDU, com páginas bem pensadas e organizadas, quer ganhando os muitos activistas e militantes que nelas intervém, para que o façam da forma mais eficaz para promover as nossas mensagens e posições.

Os conteúdos a apresentar nestas formas de comunicação electrónicas têm de ser pensados tendo em conta o fim a que se destinam. Não é a mera reprodução do documento que se distribui na rua, a colocação indiscriminada de tudo o que se edita ou a publicação de longos textos que melhor contribui para alcançar os objectivos pretendidos.

Na sua intervenção acerca desta problemática no XXI Congresso do PCP, o camarada Tiago Vieira usava uma curiosa analogia que mais facilmente explica a necessidade de serem pensados conteúdos específicos para a dinâmica própria das redes sociais. Dizia então- “simplificando: a nenhum de nós ocorreria pegar num molho de cartazes e ir distribuí-los para a porta de uma empresa como se fossem panfletos; da mesma forma, não serve de muito pegar num texto de duas páginas, cheio de frases longas e complicadas, e ir publicá-lo nas redes.”.

Temos, assim, que intervir nesta frente de trabalho de uma forma organizada, militante, mas pensada para o combate político do esclarecimento e mobilização, tendo a consciência de que estes espaços virtuais são públicos e alvo da constante observação dos nossos adversários.

Temos que pautar a nossa presença nesses espaços tal como o fazemos nos outros, nos físicos. Temos de evitar o envolvimento em discussões estéreis, não devemos permitir a exposição das nossas questões internas e, muito menos, contribuir para promover os nossos adversários.

Camaradas,
O incontestável prestígio da CDU nas autarquias e a obra feita na região é o nosso melhor activo no contacto com as populações. Repete-se assim o apelo inicial para que, sem prejuízo da necessária projecção dos nossos candidatos e propostas locais, seja procurado, no plano da propaganda, dar a devida visibilidade e centralidade ao símbolo e à mensagem da CDU, até para que passe a necessária mensagem de que é esse o símbolo que estará nos boletins de voto e onde, aqueles que desejarem para as suas terras um rumo de progresso e desenvolvimento assente no reconhecido trabalho, honestidade e competência, terão de votar.

Com a consciência do imenso trabalho que temos em mãos até Outubro, vamos para esta batalha da comunicação com a certeza de que, com a CDU, com o reforço das nossas posições, a nossa região terá um futuro de confiança.

VIVA A COLIGAÇÃO DEMOCRÁTICA UNITÁRIA !

Rui Jorge Martins
Da comissão Concelhia de Almada
Encontro Regional da CDU
15 de Maio 2021