No folheto a ser distribuído pode ler-se que nestes três anos chegámos a uma situação insustentável, com a dívida pública a agravar-se em 54 mil milhões de euros atingindo já 130% do PIB, e pagando, só em juros, mais de 7000 milhões de euros por ano. Um verdadeiro roubo ao povo português onde quanto mais se paga, mais se deve. Esta situação decorre do abandono do aparelho produtivo, das privatizações, da cedência às imposições da União Europeia (incluindo o Euro), a par de negócios escandalosos como os do BPN, do BPP, das chamadas parcerias público-privadas, dos contractos swap e de todo o conjunto de privilégios e recursos que são retirados ao Estado e entregues ao grande capital. Na verdade a dívida pública é hoje, para a banca, um dos negócios mais rentáveis.

Se a proposta que o PCP apresentou em 2011 tivesse sido aprovada, teria sido possível evitar ao País o rumo de desastre económico e social. Teria poupado o País ao maior período de recessão desde a II Guerra Mundial, a destruição de centenas de milhares de empregos, com cerca de 1 milhão e 400 mil desempregados e com níveis de emigração que só têm paralelo nos tempos do fascismo. Teria impedido que centenas de milhar de pessoas tivessem sido empurradas para a pobreza. Não renegociar a dívida, significa perpetuar a chamada "austeridade" pelas próximas décadas, é conduzir o povo à miséria para satisfazer os interesses dos mais ricos e poderosos.

O PCP aponta ainda os diversos pressupostos desta proposta de renegociação, um processo não para defender os credores, mas para defender os interesses do povo e do País e que é parte integrante da política patriótica e de esquerda de que o País precisa, devolvendo aos trabalhadores e ao povo os rendimentos que lhe foram roubados, dinamizando o investimento e a produção nacional.

Das diversas acções a ter lugar na Península de Setúbal, amanhã, dia 15 de Abril, destacamos:

Almada: 18:00 - Tribuna Pública, na Praça MFA, com a participação de Bruno Dias, Deputado do PCP à Assembleia da República

Auto-Europa: 14:30/16:00 - Distribuição do documento aos trabalhadores, à entrada da fábrica.

Palmela: às 16 horas - distribuição do documento aos trabalhadores da VISTEON; a partir das 17 horas, distribuição na estação ferroviária do Pinhal Novo, seguida de contactos de rua no centro da Vila.

Seixal: distribuição do documento às 7h00 à entrada da SN Seixal, às 7h30 nas Estações Ferroviárias de Corroios, Fogueteiro e Foros de Amora, às 8h20, nos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal, às 13h20 nos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal, às 15h30 à entrada da DELPHI.

Moita: distribuição do documento às 7h00 na Estação Ferroviária de Alhos Vedros e na Metalúrgica de Alhos Vedros, às 8h00 junto ao Centro de Saúde da Baixa da Banheira

Sesimbra: distribuição do documento aos trabalhadores da Câmara Municipal de Sesimbra (Paços do Concelho) às 9 horas e à população, às 10 horas, no Mercado Municipal, na Avenida Marginal e no centro da Vila. Dia 17, às 10 horas, contacto com pescadores no Porto de Pesca de Sesimbra. Dia 18, sábado, contacto com a população no Mercado Municipal da Quinta do Conde às 9h30 e junto ao Parque da Vila/superfícies comerciais às 17 horas.

Setúbal: 07h00 - Distribuição do documento na Estação Ferroviária da Praça do Brasil, às 12h00 - distribuição aos trabalhadores do Centro Distrital de Segurança Social, às 16h30 - distribuição aos trabalhadores à entrada da Lisnave.

 

O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP