Para o PCP a ruptura com a política de direita e o fazer emergir uma política alternativa, patriótica e de esquerda, constitui não só um imperativo nacional e uma exigência patriótica como corresponde a uma legitima aspiração dos trabalhadores e do povo português.
É tendo presente esse objectivo e prioridade que o PCP lançou em Setembro sob o lema «A Força do Povo, por um Portugal com futuro – uma política patriótica e de esquerda».
Uma acção nacional que nos próximos meses identificará os eixos, os objectivos e as prioridades nucleares de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, tão mais urgente quanto o caminho para ao abismo económico e social para o qual o País está a ser conduzido.
Uma acção nacional que estabelecerá os conteúdos, um programa e um projecto para a inadiável politica alternativa que assegure, viabilize e concretize a construção de um Portugal com futuro.
Uma acção nacional que afirma com confiança que reside no povo a soberania de decisão, que com a força do Povo, a sua luta e intervenção mas também as suas opções e escolhas é possível romper com décadas de política de direita e abrir caminho a uma política vinculada aos valores de Abril.
Integrado no desenvolvimento desta acção decorre na próxima semana na península de Setúbal um conjunto alargado de iniciativas, visitas a empresas, acções de contacto com trabalhadores, utentes dos serviços públicos e populações visando, o aprofundar do conhecimento da realidade da região e defender a produção nacional, recuperar para o Estado o controlo dos sectores e empresas estratégicas, e a construção do caminho para superação dos problemas com que se confrontam os trabalhadores o povo e o país.
A concretização de uma alternativa política ao actual rumo de desastre para que o País tem sido conduzido nos últimos 38 anos, constitui um imperativo nacional e exigência patriótica. Uma política patriótica e de esquerda que assenta em seis direcções fundamentais:
- Renegociar a dívida, rompendo com o garrote que ela constitui ao desenvolvimento soberano de Portugal;
- Promover e valorizar a produção nacional e recuperar para o controlo público os sectores e empresas estratégicas, designadamente do sector financeiro;
- Valorizar os salários e rendimentos dos trabalhadores e do povo e assegurar o respeito pelos direitos;
- Defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado, designadamente o direito à educação, à saúde e à protecção social;
- Adoptar uma política fiscal que desagrave a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores e dos pequenos e médios empresas e tribute fortemente os rendimento do grande capital, os lucros e a especulação financeira;
- Rejeitar a submissão às imposições do Euro e da União Europeia recuperando para o País a sua soberania económica, orçamental e monetária.