As questões que esta hipótese coloca, obrigam a ter presente que na ponderação e escolha da localização do NAL-Alcochete, estiveram presentes questões de diversa complexidade técnica como seja, os problemas que se colocam na gestão do tráfego aéreo, a meteorologia no local, a sua construção ser em terrenos públicos não honorando a construção, como ainda permitia maior rapidez no seu arranque.

Quanto a hipótese Montijo, a sua operação para fins civis apresenta limitações na gestão de tráfego aéreo devido à orientação das pistas e à proximidade do Aeroporto da Portela, ao número de horas que permite operar livre de limitações, nomeadamente de ruído, aos acessos rodoviários e a ligação à rede de transportes, os custos inerentes à adaptação de uma estrutura militar a fins civis que vai ser temporária, quando o país precisa de uma nova e com carácter definitivo que já deveria estar em fase de construção no Campo de Tiro de Alcochete de forma faseada.

As actividades portuárias assumem um papel estratégico no funcionamento e dinamização da economia, pelo que se impõe a sua dinamização no todo do território nacional.

O seu reforço no estuário do Tejo é um imperativo para o desenvolvimento e o progresso económico e social da região, que passa pela ampliação da actividade portuária no Barreiro instalando aí um terminal de contentores, sem desactivação das actividades instaladas na margem norte.

Um desenvolvimento que simultaneamente deve incorporar a actividade piscatória, nomeadamente instalando um porto de abrigo na margem sul junto à foz do rio Tejo, e uma doca e lota para descarga do pescado, e marítima ou turística, numa lógica de complementaridade e gestão integrada e pública do conjunto das infra-estruturas marítimo-portuárias.

Uma questão transversal a todas estas actividades no plano da defesa do interesse nacional é serem de propriedade pública assegurando desse modo o seu papel na dinamização da economia particularmente na movimentação de cargas para o exterior na complementaridade intermodal.

Outra das questões transversais plano da Modernização das infra-estruturas de transportes na AML é a concretização da construção da Terceira Travessia do Tejo Barreiro Chelas com as valências rodo-ferroviária que terá uma enorme importância na mobilidade e no aumento do peso e atractibilidade do transporte público com reflexos na redução peso da importação de combustível.

Bem como a prosseguir a expansão da rede de metropolitano de superfície até ao Barreiro/Moita, para a concretização da qual deveria ser iniciada a construção da ponte Seixal-Barreiro, e lançar os estudos para o seu prolongamento no Arco Ribeirinho do Tejo até Alcochete.

O progresso e desenvolvimento económico e social do país impõe uma clara aposta no dotar o país de infraestruturas de transportes que potenciem e apoiem a produção nacional, o que no contexto regional significa nomeadamente o inicio da construção do Novo Aeroporto de Lisboa no campo de tiro em Alcochete, o ampliar da actividade portuária construindo terminal contentores no Barreiro, a par da melhoria e desenvolvimento dos transportes públicos e alargamento do passe social intermodal a toda a área metropolitana com a integração de todos os operadores sem aumento de custos para os utentes elementos da melhoria das condições de vida das populações.

A sua concretização é indissociável do prosseguimento da luta pela ruptura com a política de direita e a construção de uma alternativa patriótica e de esquerda.