São conhecidos os problemas sentidos no dia a dia pelos utentes com a falta de oferta do serviço público de transportes, assim como é conhecido que por essa razão os utentes se confrontam diariamente com maiores dificuldades na sua mobilidade, com reflexos negativos na sua qualidade de vida.
Com a crise epidemiológica de COVID-19, o funcionamento regular e fiável deste serviço público assume uma ainda maior importância no conjunto de medidas tomadas visando o seu combate e a protecção da saúde pública.
Assim, foi com preocupação que tomámos conhecimento de que a Transtejo está a proceder a cortes na oferta, o que em si é gerador de mais e desnecessários factores de risco para aqueles que têm que se deslocar por razões de trabalho - ou outras previstas nos actuais condicionalismos existentes. A situação assume ainda uma maior gravidade no transporte fluvial nas horas de ponta, pelos riscos acrescidos que gera a concentração de utentes, contrariando claramente as orientações da DGS.
Os deputados do PCP na Assembleia da República, Paula Santos e Bruno Dias, questionaram o Governo através do Ministério do Ambiente sobre:
1. Que medidas vai o Governo tomar para repor o serviço público entretanto cortado na Transtejo e garantir que os utentes dos transportes públicos se transportam em condições de segurança?
2. Qual o ponto de situação na implementação das medidas de higienização dos navios e das estações fluviais da Transtejo?
3. Como está o governo a acompanhar a criação de condições de espaço nos terminais de embarque de modo a garantir que os passageiros não se encontram amontoados nos terminais da Transtejo, e sejam respeitadas as indicações a esse respeito?