Para além disso, em cada hora, 50 alunos ficaram sem aulas, devido ao encerramento do Bloco C. Desde o início do ano letivo, o bar da escola continua encerrado.
A "solução" encontrada na Escola, para não se continuar com esta grave situação de encerramentos e interrupção de aulas, foi necessariamente uma medida de contingência, com a «redistribuição de serviços e a colocação de assistentes técnicos, funcionários de secretaria, em tarefas fora dos espaços administrativos», conforme atestam as recentes afirmações à imprensa do Diretor do Agrupamento de Escolas do Montijo, que salientou que a Escola está a funcionar no limite, admitindo que a situação possa vir a sofrer um novo retrocesso.
A situação, evidentemente, não está regularizada em termos concretos: trata-se de uma medida precária, que responde a carências de pessoal de um lado provocando carências do outro. A solução para este problema implica a colocação de pessoal, desde logo para fazer face aos casos de baixas por doença que ali se verificam. Mas essa colocação de pessoal é recusada pelo Ministério/DRELVT, alegando-se em termos teóricos que o rácio de funcionários está cumprido.
Por outro lado, mesmo que a resposta a este problema pudesse passar por medidas ao nível autárquico, conforme se chegou a adiantar (designadamente, a candidatura de contratos de emprego inserção junto do IEFP), sucede que a situação económico-financeira da Câmara Municipal do Montijo não permite essa resposta, tendo em conta os ditames da injusta e antidemocrática Lei dos Compromissos. Nesse sentido, impõe-se de forma ainda mais urgente que o Governo e as estruturas que tutela assumam de uma vez por todas as suas responsabilidades e tomem as decisões necessárias para suprir esta grave carência.
É inaceitável e incompreensível que, numa altura em que o desemprego atinge níveis nunca vistos no país, os serviços de tantas escolas (e tantos outros serviços da Administração Público) estejam com tantas necessidades de pessoal por resolver.