Tal como sublinhou já a FIEQUIMETAL, tratou-se de uma intervenção, no mínimo, abusiva da GNR numa questão estritamente laboral, sem que houvesse qualquer perturbação da ordem pública, com o fim único de prejudicar o trabalhador ofendido e proteger quem estava a violar a Lei, atentando contra o direito ao trabalho e o exercício da acção sindical no local de trabalho.
No caso presente, cujos processos judiciais estão em marcha, o trabalhador continuará a apresentar-se diariamente na empresa para ocupar o seu posto de trabalho (sem o que se sujeitaria a ser efectivamente despedido por ausência ao trabalho), não só se espera que a GNR se abstenha de intervir contra o trabalhador, como seria legítimo que aconselhasse a Administração da empresa a acabar com o assédio moral que está a exercer sobre o trabalhador e a respeitar os direito laborais.
Os deputados do PCP, Bruno Dias, Francisco Lopes e Paula Santos, quiseram saber que conhecimento tem o Governo acerca desta situação, que orientações são transmitidas pela cadeia de comando da GNR e das forças e serviços de segurança relativamente à intervenção em matérias do foro laboral na empresas.
Também interrogaram o Governo para saber que medidas estão a ser tomadas para garantir que situações como esta não se repitam e que sejam respeitados os direitos constitucionalmente reconhecidos aos trabalhadores e às suas organizações.


O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP