Os deputados do PCP tiveram conhecimento que não foi aberta nenhuma vaga para médico de medicina geral e familiar no Agrupamento de Centros de Saúde de Almada/Seixal, no concurso aberto para a colocação dos médicos que terminaram o internato médico na segunda época de 2014. Os deputados comunistas não compreendem esta decisão, quando nos Concelhos de Almada e Seixal há muitos utentes sem médico de família e quando os cuidados de saúde primários não respondem adequadamente às necessidades da população.
Estima-se que haja cerca de 70 mil utentes sem médico de família na área de abrangência do Agrupamento de Centros de Saúde de Almada/Seixal, o que corresponde a cerca de 20% da população abrangida.
A carência de médicos de família e o desinvestimento nos cuidados de saúde primários têm reflexos nos cuidados hospitalares. A rutura do serviço de urgências no Hospital Garcia de Orta não está desligada do elevado número de utentes sem médico de família, nem da insuficiente resposta dos serviços de saúde de proximidade.
O reforço dos cuidados de saúde primários, designadamente na atribuição de médicos de família a todos os utentes, permitiria resolver muitos problemas de saúde, libertando os cuidados hospitalares para as situações mais graves.
Os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias, quiseram saber quantos médicos se encontram em internato médico no Agrupamento de Centros de Saúde Almada/Seixal e se, após a conclusão do internato médico, está garantida a abertura de vagas, no Agrupamento de Centros de Saúde de Almada/Seixal, para contratar os médicos que aí concluírem o internato médico.
Também interrogaram o Governo sobre a não abertura de vagas para a contratação de médicos de medicina geral e familiar no Agrupamento de Centros de Saúde Almada/Seixal, na sequência da conclusão do internato médico na segunda época de 2014, quando existe um elevado número de utentes sem médico de família.
O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP