Realizou-se no passado sábado em Almada, na Academia Almadense, o Plenário Regional de Eleitos e Quadros da da CDU da Região de Setúbal.
Numa sessão muito participada, com cerca de duas centenas de participantes e mais de vinte intervenções sobre temas que preocupam os trabalhadores e as populações da região de Setúbal, mas em que se falou também do trabalho desenvolvido pelos municípios e freguesias de presidência CDU.
A valorização e comunicação do trabalho já concluído ou que estará concluído até às eleições autárquicas de 2021, mas também o projeto de desenvolvimento de que a CDU é portadora, foram reafirmados por eleitos e ativistas da CDU.
Do retrato que se fez das autarquias presididas pelo PS, Almada esteve em destaque, quer pelo crime ambiental perpetrado na Fonte da Telha, quer por uma gestão danosa que levou, entre outras situações, ao atraso no pagamento dos vencimentos dos trabalhadores da empresa municipal ECALMA/WEMOB e um incapacidade generalizada de concretizar investimento.
Os eleitos da CDU conhecem os problemas com que as populações e os trabalhadores se confrontam no seu dia-a-dia, e tudo fazem para encontrar as melhores soluções, mas efetivamente há questões que estão dependentes de decisões políticas do governo.
Os temas abordados versaram o vírus epidémico e o vírus da exploração que usa a crise sanitária em seu proveito; a descentralização de competências que mais não é do que a desresponsabilização do Estado e transferência de encargos para as autarquias; a insistência do Governo em manter a opção pelo Montijo para a construção do novo Aeroporto de Lisboa, desvalorizando os impactos que esta infraestrutura terá para a região e para as populações, não conseguindo justificar porque não opta pelo Campo de Tiro de Alcochete como a CDU defende e o próprio PS defendia em 2007; a regionalização como elemento basilar de planeamento estratégico de autonomia do poder local para um efetivo desenvolvimento territorial e no esbatimento das assimetrias e desigualdades regionais; na defesa da gestão pública da água, como um direito indelével das populações, essencial à vida e a todos os setores produtivos, pelo qual os eleitos da CDU na Península de Setúbal tem tido um papel preponderante e de resistência à estratégia de privatização da água dos governos PSD, CDS e PS, como é o caso da Simarsul e o processo de reversão que só foi possível com a luta dos trabalhadores e dos eleitos da CDU, pese embora a maioria do capital devesse ser pertença dos municípios.
A necessidade de canalizar equitativamente os fundos europeus entre as várias regiões do País, atendendo a que atualmente a região de Setúbal é penalizada em relação aos restantes municípios da Área Metropolitana de Lisboa o que se traduz em assimetrias não só na AML mas também ao nível Nacional. Colocando em causa as imensas potencialidades da região, industriais, agrícolas e de qualificação profissional.
Peso importante na região tem também o associativismo como escola de democracia e de desenvolvimento humano, reduzindo assimetrias, tantas vezes menorizado pelos eleitos municipais do PS.
A recuperação das freguesias, a conquista do Passe Intermodal na anterior legislatura e a defesa do Serviço Nacional de Saúde, a gestão municipal e os Serviços Públicos preencheram as restantes intervenções.
Margarida Botelho, responsável pela DORS, salientou o imperativo aumento do salário minímo nacional e das pensões como forma de crescimento e recuperação económica, e o papel fucral da CDU no garante dos direitos das populações à sáude, cultura, lazer, educação e combate às políticas de aproveitamento do grande capital, a que temos assistido no atual contexto pandémico, com a perda de direitos individuais e coletivos, no combate à epidemia nem um direito a menos!
O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP