No quadro da Campanha «Valorizar os Trabalhadores. Mais Força ao PCP», e com o objectivo de divulgar as propostas do PCP que foram debatidas ontem na Assembleia da República, o PCP dinamizou acções de contacto com os trabalhadores em todo o País, sob os lemas “Em defesa dos direitos da Contratação Colectiva. Não à caducidade, sim ao princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador! e “Por Horários Dignos. Contra a desregulação e a arbitrariedade!”.
No folheto distribuido denuncia-se que, em 2003, o PSD e o CDS introduziram, e posteriormente o PS agravou, a caducidade de contratação colectiva, com a consequente perda de direitos de muitos trabalhadores resultando na transferência de milhares de euros para os patrões. É perante estes factos que o PCP defende que os contratos não devem caducar, devendo ser substituídos por outros livremente negociados entre as partes. O PCP exige que se recupere a aplicação do tratamento mais favorável ao trabalhador, porque não é aceitável a imposição de condições de trabalho mais desfavoráveis do que os mínimos estabelecidos pela lei.
No mesmo folheto, o PCP recorda que, para além do aumento do horário do trabalho, o Governo PSD/CDS impôs a generalização do trabalho não remunerado, levando a que um trabalhador possa estar 12 horas seguidas ao serviço do patrão, e que não é aceitável que um trabalhador seja impedido de organizar a sua vida pessoal e familiar, que não saiba com antecedência a que horas entra e sai do trabalho, e que lhe sejam impostos horários desumanos. Assim, o PCP leva ainda a debate a proibição da desregulação do horário de trabalho ou o alargamento do período de trabalho prestado, para além dos limites máximos de período normal de trabalho, bem como durante o descanso do trabalhador.
No âmbito desta acção, o Secretário-geral do PCP recebeu em audiência na Assembleia da República, o CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, e a FIEQUIMETAL - Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas.
O Gabinete de Imprensa do PC