A greve de 24 horas que decorreu durante todo o dia de 24 de Abril teve adesões acima dos 80% na Simarsul, tal como nas restantes empresas do grupo Águas de Portugal. Foi uma enorme manifestação de vontade e determinação em lutar pelos aumentos salariais, a uniformização dos direitos, a regularização dos vínculos precários, a atribuição de carreiras e categorias que correspondam às profissões efectivas e o estabelecimento das 7 horas diárias e 35 horas semanais.
Esta greve dos trabalhadores das empresas do grupo ADP foi uma clara afirmação de que não aceitam o congelamento dos seus salários com a consequente degradação das suas condições de vida que se verifica há nove anos, em resultado da política de direita seguida por sucessivos governos do PS, PSD e CDS. Uma política que os trabalhadores e o povo rejeitaram em Outubro de 2015.
A enorme adesão verificada foi um sinal claro que os trabalhadores deram ao governo do PS de que os enormes lucros que as empresas do grupo vêm obtendo ao longo dos anos, e que entre 2010 e 2016 atingiram mais de 500 milhões de euros, tem que se reflectir nos salários, direitos e condições de vida daqueles que foram decisivos para que tenham sido obtidos.
Uma delegação do PCP, que integrava a deputada Paula Santos, esteve ao início da manhã no piquete junto à sede da Simarsul expressando a sua solidariedade.