Perante a situação que se vive com a pandemia COVID-19, o governo optou por uma medida que reduz os salários dos trabalhadores em 1/3, assim como penaliza a Segurança Social. São opções que dispensam o grande capital da “partilha” de riscos em que o patronato fica isento das suas contribuições sociais.
O PCP rejeita em absoluto que se enfraqueça a Segurança Social, fragilizando-a enquanto direito fundamental dos trabalhadores. O lay-off é uma medida que permite facilitar a vida ao patronato, deixando recair sobre os ombros dos trabalhadores as dificuldades, exigindo dos seus representantes encontrar soluções para enfrentar os problemas.
Consideramos que na Autoeuropa não se justificava o recurso ao lay-off porque há bastante tempo que vem anunciando bons resultados em termos de vendas, posicionando-se em variados aspetos da sua gestão à frente de muitas outras congéneres, incluindo dentro do próprio grupo económico multinacional onde se integra.
Tal como os representantes dos trabalhadores afirmaram desde início da paragem da produção na fábrica, esta interrupção deveria ser sempre suportada pelo sistema de “down-days” até ao retomar da atividade. A administração entendeu de outra forma.
A Comissão de Trabalhadores confrontada com esta decisão, apresentou a reivindicação à empresa que vai garantir a todos os trabalhadores que, durante o período de aplicação da medida anunciada, estes recebam os seus salários por completo, posição esta que a Célula do PCP valoriza.