Da situação que se vive na região, a Coordenadora Regional de Empresas e Sectores do PCP, salienta o brutal aumento do número de trabalhadores desempregados, nos mais diversos sectores, como são os casos do encerramento dos Supermercados SuperSol/Manuel Nunes, da empresa de construção Britobras e mais recentemente da empresa Mundo Grato (Ex. SICA, antigo matadouro de Setúbal). A somar a estes encerramentos, juntam-se o encerramento ou situação de insolvência da Euronavy, da Epsim, da Opway, da EMEP, a situação dramática dos trabalhadores da Pluricoop. Falamos de mais de 1000 trabalhadores desempregados nos últimos meses, a que juntam outros milhares a quem não foi renovado o contrato temporário.

Estes encerramentos são consequência directa das políticas de direita, agravada pelo pacto de agressão, de prosseguir com a política de asfixiamento de pequenas e médias empresas, não fazendo nada para travar os aumentos dos custos de produção, nomeadamente a energia. Da mesma maneira, não são tomadas medidas para impedir milhares de trabalhadores irem para o desemprego, numa altura em que se anunciam alterações à legislação laboral, mais cortes aos apoios sociais, aumento generalidade de preços e impostos.

As medidas anunciadas para a educação, que tem deixado muitos professores sem colocação, a não contratação pessoal não docente, coloca muitos estabelecimentos à beira da ruptura em relação ao seu funcionamento.

Na área da saúde, o anunciado despedimento, pela não renovação de contrato a cerca de 50 enfermeiros do HGO, é mais um sinal de corte cego, que irá prejudicar ainda mais o acesso dos utentes aos cuidados de saúde.

Como o PCP sempre afirmou, este não é o caminho para a saída da crise. Só com a aposta no apoio e dinamização da produção nacional, com respeito e valorização dos salários e dos direitos dos trabalhadores é possível de forma séria combater a situação de desastre com que o país está confrontado.

Neste quadro, a Coordenadora Regional de Empresas e Sectores de Setúbal do PCP, apela a participação dos trabalhadores e da população, nas várias jornadas de luta, convocadas pela CGTP/IN, de 20 a 27 de Outubro e à continuação e reforço da luta, como única forma de derrotar esta política.