Agora querem alterar o Código do Trabalho com um pacote já entregue pelo governo na Assembleia da República (que vai ser discutido no dia 28 de Março), no seguimento do chamado "acordo" governo/patrões/UGT.
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É o trabalho forçado e gratuito com a eliminação de feriados, redução de dias de férias e corte de dias de descanso obrigatório, o que significa, para além de trabalhar sem receber, maior liquidação de postos de trabalho.
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São mecanismos diversos de diminuição de salários, designadamente do trabalho em dias de descanso e das horas extraordinárias que querem obrigar a prestar pagando metade do seu valor ou mesmo não pagando.
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É a tentativa de generalização do banco de horas, que poderia significar trabalhar 12 horas por dia e 60 horas por semana, visando o prolongamento do horário de trabalho, colocando a organização da vida dos trabalhadores nas mãos do patronato e tornando em muitos casos impossível a compatibilização da atividade profissional com a vida pessoal e familiar.
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É a facilitação dos despedimentos, com a possibilidade de despedir invocando a baixa produtividade do trabalhador, pondo em causa a proibição constitucional dos despedimento individual sem justa causa, a par da diminuição do valor das indemnizações e da redução e negação do subsídio de desemprego.
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É o ataque à contratação coletiva para pôr em causa os direitos dos trabalhadores que ela consagra.
Os trabalhadores do complexo industrial da Portucel têm todas as razões para aderirem à Greve Geral de 22 de Março.
Num momento em que o grupo Portucel Soporcel apresentou um lucro de 196 milhões de euros e um aumento de vendas em mais de 7%, a Administração prepara-se para dar um novo golpe aos trabalhadores, refugiando-se na atual conjuntura mundial e aproveitando a porta aberta pelo "acordo" governo/patrões/UGT a uma maior exploração, denunciando o atual acordo de empresa (AE) para os trabalhadores da Portucel. E apresentou em alternativa uma nova proposta, que tem como principais objetivos: implementar o banco de horas, desregular o horário de trabalho, podendo os trabalhadores trabalhar gratuitamente mais 4 horas por dia, reduzir o valor das horas extraordinárias, do trabalho suplementar e do horário noturno. A redução de liberdades sindicais, como sendo a redução de horas disponíveis para a organização sindical, são um dos objetivos que a administração pretende atingir com o novo AE, e que mostra bem o caracter da decisão da Administração ao denunciar o atual.
Tem sido prática do Grupo Portucel Soporcel, dividir os trabalhadores do grupo em várias empresas como são exemplo a Soporcel, Headbox, Arboser, Ema 21 e mais recentemente os trabalhadores da nova Fabrica de Papel, ATF. Esta pratica tem como objetivo dividir os trabalhadores e retirar direitos aos mesmos, no entanto se é verdade que a denuncia do AE para os trabalhadores da Portucel, é visto pelos trabalhadores das outras empresas com grande preocupação pela perda de direitos que poderão também vir a estar sujeitos, ficando numa situação cada vez de maior exploração, é também verdade que a força demonstrada pelos trabalhadores nos recentes plenários sindicais do SITE Sul, é uma mostra a todos que vale a pena lutar e que não estão sozinhos na sua luta contra a exploração e por melhores e mais direitos.
A Greve Geral de dia 22 de Março deve ser vista como mais um importante passo na luta contra a exploração e o empobrecimento, na luta pela manutenção do AE e a sua aplicação a todos os trabalhadores das empresas do Grupo, na luta pelo aumento efetivo do salário, na luta por um Portugal com futuro!