A Greve Geral contra a violação dos direitos contratuais, na defesa de postos de trabalho, pela contratação colectiva, contra a precariedade e o desemprego e exigindo salários justos, teve um enorme impacto ao nível das empresas e locais de trabalho da região, no sector público e privado. Esta luta é uma demonstração de grande determinação em lutar pela melhoria das condições de trabalho e de vida, mas também pela exigência de ruptura com a política de direita e a construção de uma política patriótica e de esquerda.
O PCP destaca a luta dos trabalhadores da indústria, que em várias unidades da região paralisaram a produção, casos do estaleiro da Mitrena, da Autoeuropa e do seu Parque Industrial, do Arsenal do Alfeite ou da EMEF, e de empresas onde a produção foi significativamente afectada, casos da Visteon, da Delphi ou da Parmalat.
No sector dos transportes a greve teve grande expressão. A circulação da Fertagus esteve condicionada durante as primeiras horas da manhã. O porto de Setúbal esteve encerrado, a linha do Sado esteve paralisada, bem como a CP Carga, os Transportes Colectivos do Barreiro e o Metro Sul do Tejo. Praticamente não houve transportes fluviais no rios Tejo e Sado e nos TST a adesão foi acima dos 75%.
Adesões praticamente totais nas autarquias locais, com a esmagadora maioria dos locais de trabalho e equipamentos encerrados e ausência quase total de recolha de lixo. Na administração pública central, destacam-se as adesões nos Hospitais, centros de saúde, escolas e outros serviços públicos. Todos os serviços de atendimento da Segurança Social do distrito encerraram.
Lojas como as do Continente no Montijo, do Jumbo em Almada ou da Moviflor em Setúbal e Corroios tiveram adesões significativas à greve. Vários equipamentos sociais como creches e centros de dia estiveram encerrados.
Diversas companhias e equipamento culturais da região, casos do Festival FUMO ou dos Teatros da Fonte Nova e Extremo declararam o seu apoio à greve geral e não apresentarão espectáculos esta noite.
Este balanço, provisório e inacabado, mostra bem a dimensão do protesto, a vontade de mudança, a determinação e a disponibilidade para a luta dos trabalhadores da região e do país. Prova que o caminho para sair deste rumo de empobrecimento, desemprego e exploração é o da unidade e da luta. Os trabalhadores e o povo sabem que contam com o PCP.
O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP
Setúbal, 27 de Junho de 2013