Inteirando-se de diversos problemas relativos à segurança dos cidadãos do concelho da Moita e condições de trabalho dos elementos que exercem a sua atividade nestas áreas, uma delegação do PCP constituída pela deputada Paula Santos, do grupo parlamentar na Assembleia da República, acompanhada de delegação da organização Concelhia da Moita, constituída por eleitos no executivo municipal e deputados municipais, reuniu com a direção e o comando dos Bombeiros Voluntários da Moita e com o comando do destacamento territorial da GNR e do posto territorial da Moita.
Foi efetuada uma visita às instalações do posto territorial da Moita da GNR, o qual embora da responsabilidade do Ministério da Administração Interna / MAI, só recentemente foi alvo de obras de beneficiação e por parte do Município da Moita, apresenta grandes debilidades para o exercício da atividade dos cerca de quatro dezenas de militares que aí desenvolvem a sua atividade e para o atendimento aos cidadãos de uma vasta área, das freguesias da Moita, Sarilhos Pequenos, Gaio - Rosário e Alhos Vedros.
A jornada de trabalho contou também com uma visita ao antigo quartel dos bombeiros voluntários da Moita, no qual depois de obras de remodelação estava prevista a instalação da GNR da Moita, facto que depois de muitas promessas dos governos, não se veio ainda a concretizar. Este edifício é propriedade do MAI e encontra-se abandonado e em elevado estado de degradação à quase uma década.
Recorde-se que só devido à forte indignação da população e na sequência de uma moção apresentada pela CDU na assembleia municipal da Moita, o MAI procedeu ao seu emparedamento, melhorando assim a condição de segurança, evitando a intrusão de indivíduos no edifício para a prática de atos ilícitos.
No encontro com representantes do Sindicato Nacional do Corpo de Guardas Prisionais, da Associação dos Profissionais da Guarda, da ASPP e da Associação Nacional de Sargentos da Guarda, entre outros assuntos, foi sublinhada a degradação das instalações, que provocam más condições de trabalho e um mau atendimento ao público, a falta de efectivos e de meios, bem como os horários desajustados e a ausência de actualização dos estatutos profissionais e remuneratório.
A delegação do PCP deu nota das múltiplas iniciativas tomadas na Assembleia da República com vistas a garantir a dignificação e valorização dos seus estatutos sociais, profissionais e materiais, tendo sublinhado serem estas condições essenciais para melhor concretizar o direito à tranquilidade e segurança das populações.