A Comissão Concelhia da Moita do PCP manifesta toda a solidariedade aos trabalhadores da AMAL Se algumas dúvidas ou expectativas houvessem, quanto ao destino que alguns quiseram dar a esta grande empresa no Concelho da Moita, os últimos acontecimentos e decisões em relação ao futuro da AMAL e dos trabalhadores foi clarificado e confirmado e confirmaram as nossas apreensões.
A crise económica, a aplicação de políticas desadequadas e injustas, geraram grandes problemas para as empresas, principalmente para as micro, pequenas e médias empresas, nomeadamente as referentes às condições e limitação de financiamento, aos custos dos fatores de produção, para além de estilos de gestão no mínimo duvidosas, os resultados negativos foram sucessivamente agravados, o endividamento aumentou, o que levou muitas empresas a encerrar e ao consequente despedimento dos trabalhadores.
A AMAL – Construções Metálicas, S.A, de acordo com as decisões do Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal / Juízo de Comercio de Setúbal e da Assembleia de Credores efetuada em 09/03/17, que decidiram pelo encerramento do estabelecimento e da atividade da empresa no concelho da Moita e o despedimento dos trabalhadores.
Foram comprovadas as consequências da crise, foi provado que o denominado Processo Especial de Revitalização não resultou e provavelmente não era para resultar, tendo a própria empresa desistido do plano de recuperação, resultando daí todas as consequências inerentes, principalmente para os trabalhadores da empresa e para a economia local.
A Comissão Concelhia da Moita do PCP vem desta forma demonstrar as suas preocupações com o encerramento de mais uma empresa no concelho, com a perda de produção e com o aumento de desemprego, mas a prioridade imediata das preocupações, são as consequências graves que estão a afligir os trabalhadores e suas famílias.
Iniciados que estão os processos para garantir os direitos dos trabalhadores, devemos questionar:
- Estão garantidas da parte administrador da insolvência, todas as competências prevista na legislação, nomeadamente a guarda do património e da massa insolvente?
- A Segurança Social vai ser célere a decidir da atribuição Fundo de Garantia Salarial, quando os trabalhadores a ele recorrerem?
- Como vão proceder as entidades responsáveis e competente em relação aos trabalhadores despedidos, sendo eles profissionais altamente qualificados com experiências adquiridas no sector de atividade?
- Os trabalhadores vão estar à espera, quantos anos, para receberem as indemnizações a que têm direito?
A Comissão Concelhia da Moita do PCP reunida em 17/03/17, solidariza-se com os trabalhadores despedidos da AMAL e incentiva-os a exigirem os seus direitos, celeridade nos processos, fiscalização das entidades competentes, a exigir uma política que aumente o investimento, a produção e a criação de empregos com direitos, reafirmando estar ao seu lado, como sempre esteve, na defesa dos seus interesses.
Alhos Vedros, 17 de Março de 2017
Comissão Concelhia da Moita do PCP