Desta acção, após a visita às explorações, pode-se, pelas impressões verificadas no terreno, aferir o balanço que a Associação dos Agricultores do Distrito de Setúbal tinha já produzido na base das informações de que 86 viticultores da região levaram a esta estrutura representativa da classe, cujos dados totais são os seguintes:

      • Área total atingida:    359.85 ha
      • Área queimada:         225.87 ha
         
      • % vinha queimada:      62,77%
Em função destes dados concretos, o prejuízo calculado só nesta amostragem (dado que a área da região vitícola ultrapassa os 4.500 hectares na casta castelão), tendo em conta que a tabela oficial para os custos de produção de uva de qualidade em área de sequeiro estabelece 3.303,51 euros por hectare, se situará nos 746.163,81 euros.

As causas desta calamidade resultaram das elevadas temperatura registadas no início de Julho, acompanhadas de ventos quentes num período de formação da uva, facto que desde logo, tal como provou, a Associação dos Agricultores, evidenciou em comunicado aos produtores, clamando aí para a necessária das direcções regionais de Lisboa e Vale do Tejo (e também do Alentejo) o envio dos seus técnicos para avaliação dos prejuízos.

Da parte do deputado Bruno Dias, apesar de ter tomado conhecimento que a Direcção Regional da Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo agendou uma reunião sobre o assunto com a Associação para a próxima terça-feira, propôs-se fazer, no âmbito da actividade do Grupo Parlamentar do PCP, uma pergunta ao Governo sobre que resposta pensa dar ao problema, com uma preocupação subjacente que é a da sobrevivência das explorações de reduzida dimensão e que apenas produzem uva e não vinho.

A Comissão de Agricultura da
Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP