Foi inclusive noticiado que o secretário do tribunal já teve de pedir cartuchos emprestados ao Tribunal da Moita e as secções já estão a partilhar impressoras para poupá-los. Foi citado um juiz que considerou a situação "lamentável" e poderá brevemente afectar as decisões judiciais, acrescentando que «a lei diz que as decisões dos juízes devem ser lidas, assinadas e depositadas de imediato, pelo que são necessárias impressoras. O facto de não podermos imprimir pode colocar em causa o nosso trabalho diário». Entretanto, uma fonte da empresa fornecedora confirmou à agência Lusa que as ordens transmitidas são para não fornecer produtos aos tribunais devido às dívidas acumuladas do Ministério da Justiça.
Estamos perante uma situação vergonhosa que ilustra bem as denúncias do PCP quanto à falta de meios e de condições de funcionamento na Justiça. O Governo afirma que situações destas não se verificam, e mais uma vez é desmentido pela realidade.
Os deputados do PCP, Paula Santos e Bruno Dias, entregaram uma pergunta ao Governo, querendo saber que medidas serão tomadas para resolver esta situação com a maior urgência e garantir o devido funcionamento do Tribunal de Almada.