Desta acção, após a visita às explorações, pode-se, pelas impressões verificadas no terreno, aferir o balanço que a Associação dos Agricultores do Distrito de Setúbal tinha já produzido na base das informações que 86 viticultores da região levaram a esta estrutura representativa da classe, apontando para os seguintes dados totais: Área total atingida: 359.85 hectares; Área queimada: 225.87 hectares; 62,7 por cento de vinha queimada.
Em função destes dados concretos, e tendo em conta que a tabela oficial para os custos de produção de uva de qualidade em área de sequeiro estabelece 3.303,51 euros por hectare, considera-se que o prejuízo calculado só nesta amostragem (dado que a área da região vitícola ultrapassa os 4.500 hectares na casta castelão), corresponderá a 746.163,81 euros.
As causas desta situação resultaram das elevadas temperatura registadas logo no início do Verão, acompanhadas de ventos quentes num período de formação da uva, facto que desde logo foi evidenciado pela Associação dos Agricultores, em comunicado que alertava para a necessidade de medidas das direcções regionais de Lisboa e Vale do Tejo (e também do Alentejo) do Ministério da Agricultura, a começar pelo envio de técnicos para avaliação dos prejuízos.
O deputado do PCP Bruno Dias quis saber que conhecimento tem o Governo acerca desta situação, que intervenção no terreno foi desenvolvida até à data para contacto com os produtores e apuramento concreto dos prejuízos por eles sofridos e que medidas serão concretizadas para atender a este problema tão grave para os viticultores da Região.